
A resposta pode ser “sim”, e a culpa disso é dos streamings
Nos últimos anos, muita gente decretou que a mídia física estava com os dias contados. DVDs e Blu-rays pareciam objetos de museu, CDs acumulavam poeira nas prateleiras e até jogos em mídia física estavam perdendo espaço para o digital, e isso além de maravilhoso era natural, foi acontecendo gradualmente. No entanto, uma reviravolta surpreendente está se tornando mais comum: cada vez mais consumidores estão voltando a comprar discos, fitas e cartuchos. E, ironicamente, um dos maiores responsáveis por esse retorno é justamente o vilão que quase matou esse mercado: os serviços de streaming.
A nostalgia também desempenha um papel importante. Muitos adultos que cresceram nos anos 80, 90 e 2000 estão redescobrindo o prazer de ter uma prateleira cheia de filmes, jogos em mídias físicas ou uma estante de vinis. Em um mundo cada vez mais digital, objetos físicos oferecem uma sensação de permanência e conexão com o passado.

A fadiga do streaming é um fenômeno real. Entre o número crescente de opções, a queda de qualidade de alguns conteúdos e o aumento constante dos preços das assinaturas, muitos consumidores estão repensando a relação com esses serviços. Em vez de pagar indefinidamente por um acesso, muitas vezes de má qualidade (com anúncios e filmes com histórias rasas), alguns preferem investir em produtos que serão seus para sempre.
E as empresas já perceberam essa tendência. Editoras e distribuidoras estão relançando clássicos em edições especiais, lojas de segunda mão estão vendo um aumento na procura por DVDs e CDs, e até o mercado de fitas VHS, que parecia extinto, voltou a atrair colecionadores.

Convivência entre físico e digital
Vale lembrar que o retorno da mídia física não significa o fim do digital. O streaming ainda é extremamente popular e prático, especialmente para quem busca variedade e acesso rápido. A diferença é que, agora, muitos consumidores optam por uma convivência entre os dois formatos: usam o streaming para descobrir novos conteúdos e recorrem à mídia física para garantir a posse das obras que realmente amam.
Essa nova dinâmica redefine o consumo cultural: menos dependência de catálogos instáveis e mais autonomia para o espectador, o ouvinte e o jogador.
Conclusão
O que parecia um capítulo encerrado na história do entretenimento está sendo reescrito. A mídia física voltou a ter valor, não como única forma de consumo, mas como símbolo de propriedade, qualidade e apego emocional. E, ironicamente, foi justamente o modelo de negócios das plataformas de streaming, com sua rotatividade de títulos, aumento de preços e dependência total da internet, que reacendeu o desejo de ter algo concreto nas mãos.
No fim das contas, talvez a lição seja simples: na era do acesso ilimitado, possuir algo de forma tangível nunca deixou de ser especial.
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