A Imersão Total: Por Que Gary Oldman Dormir em Um Caixão Foi Mais que um Método de Atuação
O clássico Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, é amplamente celebrado por sua estética grandiosa, figurino extravagante e um estilo de filmagem único, que se baseou em efeitos práticos. Quase 30 anos após seu lançamento, uma revelação surpreendente de um dos membros do elenco, Cary Elwes, veio à tona, confirmando a dedicação extrema de seu protagonista, Gary Oldman. Em busca de se aprofundar no papel-título, o ator se isolou do restante do elenco e, inacreditavelmente, dormiu em um caixão durante a produção do filme.
A revelação foi feita por Cary Elwes em uma entrevista recente ao The Hollywood Reporter, onde ele refletiu sobre sua carreira e o método de filmagem de Francis Ford Coppola. Segundo o ator, o diretor acreditava que, quanto mais o elenco passasse tempo junto, mais a conexão se manifestaria na tela. Por isso, ele fez com que todos os atores que interpretavam os caçadores de vampiros morassem em uma mesma propriedade para aprofundar a camaradagem.
“E o pobre Gary teve que ficar sozinho”, revelou Elwes. “Gary estava dormindo em um caixão todas as noites, isso mostra o quão a sério ele levou. Ele foi separado de todos nós – por escolha. Nós só o vimos pela primeira vez no set durante os ensaios e depois não o vimos novamente”.
O clássico ‘Drácula de Bram Stoker’
Essa abordagem está totalmente de acordo com a reputação de Gary Oldman, conhecido por seu intenso método de atuação, que o leva a assumir a presença física e psicológica de seus personagens. Sua dedicação lhe rendeu um Oscar, por exemplo, ao encarnar o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill em O Destino de Uma Nação (Darkest Hour). A escolha de não apenas se isolar, mas também dormir em um caixão, mostra a seriedade com que ele buscou a mentalidade e a solidão de Drácula.
Lançado no final de 1992, o filme foi um sucesso tanto de crítica quanto de bilheteria, arrecadando mais de 215 milhões de dólares. A maioria celebrou o design de produção e a atuação do elenco principal, exceto por Keanu Reeves, cuja performance e sotaque foram bastante criticados. No entanto, o filme recebeu quatro indicações ao Oscar, levando para casa três estatuetas: Melhor Figurino, Melhor Edição de Som e Melhor Maquiagem.
A atuação de Oldman como Drácula é frequentemente citada como uma das melhores e mais complexas encarnações do vampiro icônico, com alguns críticos até mesmo a classificando acima de performances lendárias de Bela Lugosi e Christopher Lee.
Quase 30 anos após seu lançamento, o filme de Coppola continua sendo um marco para o gênero, tendo introduzido novos elementos como presas retráteis e transformações em homens-morcego. Além disso, serviu de influência para diversas obras, incluindo a aclamada franquia O Que Fazemos nas Sombras. Atualmente, Drácula de Bram Stoker está disponível em serviços de streaming como a Netflix.