A notícia surge no calor do sucesso de bilheteria do quarto filme, que solidificou a força da marca.
Apesar de Invocação do Mal 4: O Último Ritual ter sido amplamente divulgado como o capítulo final da saga principal de Ed e Lorraine Warren nos cinemas, o universo de horror mais rentável da história não está pronto para descansar em paz. A HBO Max (agora rebatizada apenas como Max) confirmou oficialmente o desenvolvimento de uma série de televisão baseada na franquia Invocação do Mal, prometendo uma expansão ambiciosa para o mundo digital.
A notícia surge no calor do sucesso de bilheteria do quarto filme, que solidificou a força da marca. Com o criador da franquia, James Wan, a bordo como produtor executivo, a série visa manter a essência de tensão crescente e horror atmosférico que consagrou o universo nos cinemas.
Para garantir que a transição do cinema para a televisão seja bem-sucedida, a Warner Bros. Television e a Atomic Monster (produtora de Wan) reuniram uma equipe de peso com experiência em narrativas longas e complexas.
A função de Showrunner será assumida por Nancy Won, conhecida por seu trabalho como co-produtora executiva em séries aclamadas como Little Fires Everywhere e, notavelmente, por sua experiência no gênero sobrenatural em Supernatural. Sua liderança é vista como uma garantia de que a série manterá a profundidade emocional e a construção de mistério necessárias para o formato serializado.
Além disso, o time de roteiristas conta com nomes de peso que surpreenderam o público de streaming nos últimos anos:
- Peter Cameron e Cameron Squires: Ambos são veteranos do universo Marvel Studios, tendo trabalhado em sucessos críticos como WandaVision e Agatha Desde Sempre. A experiência deles em criar narrativas complexas e cheias de reviravoltas no formato de episódios é um indicativo da qualidade narrativa que a HBO Max busca para esta nova empreitada.
James Wan, diretor do primeiro e segundo filme e mentor criativo de todo o universo, continuará como produtor executivo. Sua participação é fundamental para garantir a continuidade canônica e a manutenção da identidade visual e sonora que se tornaram a marca registrada da franquia.
O Que Esperar da Trama: Prequel ou Expansão?
Embora a sinopse oficial da série esteja sendo mantida sob sigilo absoluto, a saída de Patrick Wilson e Vera Farmiga como Ed e Lorraine Warren no cinema — após o encerramento de sua história principal em O Último Ritual — leva a duas principais especulações sobre a trama:
Uma das possibilidades mais fortes é que a série funcione como um prequel, explorando casos mais antigos e menos midiáticos de Ed e Lorraine Warren nos anos 1960 e início dos anos 1970. Esta abordagem permitiria que novos atores interpretassem versões mais jovens do casal, focando no desenvolvimento de suas habilidades e no estabelecimento de seu notório Museu Oculto.
Esse formato seria ideal para o streaming, permitindo que cada temporada explore um caso novo e completo, dando tempo para aprofundar o lore dos artefatos malignos que habitam o porão dos Warrens, como a boneca Annabelle ou a origem de entidades como a freira Valak.
A segunda teoria é que a série se concentre em novos protagonistas — possivelmente investigadores paranormais treinados pelos Warrens ou personagens secundários que tiveram seu próprio encontro traumático com o mal. A franquia já provou seu valor com spin-offs de sucesso como Annabelle e A Freira, mostrando que o universo pode se sustentar sem a presença física do casal Warren.
Os roteiristas Peter Cameron e Cameron Squires poderiam, por exemplo, focar nas consequências de um dos casos já explorados, acompanhando uma família após a intervenção dos Warrens. A série seria, então, uma verdadeira expansão, apresentando novas geografias assombradas e novas criaturas demoníacas nunca vistas.
O Formato de Série: Mais Tensão, Menos Sustos?
A grande vantagem do formato de série é o tempo. Ao invés dos 90 a 120 minutos de um filme, uma temporada de 8 ou 10 episódios permite à produção construir o horror de forma lenta e metódica. Isso significa menos dependência de jumpscares rápidos e mais foco no terror psicológico, na atmosfera e na tensão crescente, características que tornaram o Invocação do Mal original um sucesso de crítica.
A série de Invocação do Mal na HBO Max é um sinal claro de que a Warner Bros. não pretende abandonar sua franquia de terror mais lucrativa. Ela se junta a outros projetos ambiciosos do gênero no streaming, como o spin-off de IT: A Coisa, e está pronta para garantir que o terror sobrenatural continue sendo um dos pilares de sua plataforma nos próximos anos. A data de estreia ainda é incerta, mas a expectativa de que o mal está prestes a retornar à TV é real.
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