Estes são os 10 animes que, com suas histórias inovadoras, personagens inesquecíveis e visuais revolucionários, pavimentaram o caminho para a era de ouro que o gênero vive hoje.
O anime, por muito tempo considerado um gênero de nicho e exclusivo do Japão, transformou-se em um fenômeno cultural global. Atualmente, séries e filmes de animação japonesa dominam as plataformas de streaming e as conversas nas redes sociais, mas essa popularidade não surgiu do nada. Ela é o resultado de um longo processo de popularização, impulsionado por uma série de animes clássicos que, em suas respectivas épocas, romperam barreiras e apresentaram o mundo à diversidade e à profundidade da animação japonesa.
Os Pioneiros da Revolução
Antes do anime se tornar um gigante da indústria, algumas obras fundamentais plantaram as sementes que germinariam nas décadas seguintes, apresentando a animação japonesa a um público global.
Astro Boy (1963): Criado pelo “Deus do Mangá”, Osamu Tezuka, Astro Boy é a obra-prima que deu início a tudo. Embora não tenha sido a primeira animação japonesa a chegar ao Ocidente, foi uma das mais influentes. A série, com sua história de um robô com emoções humanas, introduziu a ideia de tramas complexas e personagens cativantes em um formato que não se limitava a ser apenas para crianças.
Mobile Suit Gundam (1979): O gênero “mecha” (robôs gigantes) já existia, mas Gundam o revolucionou. A série introduziu o conceito de “real robot”, onde os robôs eram tratados como armas de guerra em um universo com uma trama política e complexa, refletindo as brutalidades da guerra. Gundam criou uma base de fãs dedicada e continua a ser uma das franquias mais lucrativas do Japão, influenciando o design de robôs e a ficção científica em todo o mundo.
Akira (1988): Este filme animado é, sem dúvida, a obra que fez o Ocidente perceber que o anime não era apenas para crianças. Com sua animação fluida e detalhada, uma trama cyberpunk distópica e temas maduros como a corrupção, o poder psíquico e o colapso social, Akira foi um marco. Ele elevou a animação a uma forma de arte respeitável e mostrou o potencial cinematográfico e narrativo do gênero, influenciando diretores de Hollywood e o cinema de ficção científica.
Os Conquistadores da Mídia nos Anos 90
A década de 90 foi a era de ouro para a popularização do anime, com séries que se tornaram onipresentes na televisão, dominando as manhãs de sábado e as conversas de uma geração inteira.
Dragon Ball Z (1989): Não há como falar de popularização do anime sem mencionar Dragon Ball Z. Com lutas épicas, transformações impressionantes e o conceito de “power levels”, a saga de Goku e os Saiyajins se tornou um fenômeno global. DBZ foi a principal porta de entrada para o anime para milhões de fãs, popularizando o gênero shonen (de luta) e influenciando incontáveis animes e até mesmo a cultura pop em geral.
Pokémon (1997): Pokémon foi mais do que um anime; foi um evento cultural em massa. A série animada, junto com os jogos e o merchandising, criou um império midiático que capturou a imaginação de crianças em todo o mundo. A história de amizade e aventura de Ash Ketchum e seu Pikachu foi a primeira experiência com anime para uma geração inteira, tornando a animação japonesa um nome conhecido em quase todos os lares.
Sailor Moon (1992): Com sua combinação de heroínas, magia e romance, Sailor Moon se tornou a série que definiu o gênero “magical girl”. Ela quebrou barreiras e se tornou um sucesso mundial, atraindo uma audiência predominantemente feminina e provando que o anime podia ter apelo para todos os públicos. A série foi a inspiração para inúmeros animes e desenhos ocidentais que vieram depois.
A Nova Onda e a Complexidade
O final dos anos 90 e o início dos anos 2000 viram animes que não apenas popularizaram o gênero, mas o aprofundaram, atraindo um público mais maduro e intelectual.
Neon Genesis Evangelion (1995): Evangelion foi uma desconstrução do gênero mecha. A série começou como uma história de robôs gigantes lutando contra monstros, mas se aprofundou em temas de trauma, depressão e existencialismo. Sua narrativa complexa e final controverso mudaram as regras do jogo e mostraram que o anime podia ser uma forma de arte profundamente psicológica e filosófica.
Ghost in the Shell (1995): Este filme é um marco do cyberpunk. Com sua exploração de temas como a identidade, a alma na era digital e o futuro da inteligência artificial, Ghost in the Shell foi um choque para o público e influenciou diretamente filmes ocidentais como Matrix. O filme solidificou a reputação do anime como um gênero de ficção científica madura e inteligente.
Cowboy Bebop (1998): Combinando ficção científica, faroeste e uma trilha sonora de jazz impecável, Cowboy Bebop é um exemplo perfeito de como a estética e a atmosfera podem elevar uma obra. Com sua narrativa episódica e personagens complexos e melancólicos, o anime conquistou a crítica e um público que buscava algo mais maduro e artístico.
Fullmetal Alchemist: Brotherhood (2009): Embora mais recente, Brotherhood é considerado um clássico moderno. Sua trama densa, com temas de guerra, alquimia, ciência e moralidade, foi contada com um ritmo perfeito, sendo aclamada como um dos melhores animes já feitos. A série serviu como a porta de entrada para uma nova geração de fãs que buscavam uma história de aventura com um coração e uma mensagem profunda.
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